Mobilidade é essencial

Ontem eu passei por um grande aperto. Estava bastante concentrado em um trabalho importante, com prazo super curto e totalmente dependente da internet, quando de repente: ploft! Acaba a luz. Olho para a rua, todos os outros prédios pareciam estar sem energia elétrica e alguns semáforos também estavam apagados. No meu caso não adianta investir em um no-break, a energia elétrica raramente falta por aqui, além do fato de morar em um prédio e no térreo ter um roteador do provedor de cable que distribui o sinal de internet. Ou seja, acabou a luz no prédio, fico sem internet porque o roteador está fora do ar e lá em baixo não tem no-break.

O jeito foi pegar o notebook, colocar na mochila e descer todos os andares de escada (por sorte não são muitos). Fui a uma loja da Starbucks, comprei um café, sentei em uma das mesas e abri o notebook para trabalhar. Fiquei várias horas trabalhando nesse local, que é um convite para dispersão. Além de ter muita gente passando em volta, o ambiente é barulhento e você acaba tendo problemas para se concentrar. Mas deu certo, resolvi alguns problemas e adiantei meu trabalho. Em uma emergência, é melhor do que nada.

Nunca precisei tanto de mobilidade como ontem. Sou assinante da Vex, uma empresa que possui milhares de hotspots espalhados pelo Brasil (e pelo mundo) e até então só utilizava o serviço quando estava em aeroportos, era uma forma de enfrentar os intermináveis atrasos das companhias aéreas.  Todo mês meu provedor debitava o valor da mensalidade e eu raramente utilizo o serviço. Sou o típico usuário que eles adoram.

Bom, comecei a pensar em outras formas de mobilidade. No meu home office tenho apenas um link de banda larga, do provedor Ajato (TVA) que raramente me deu problemas e raramente fica fora do ar. Mas as vezes problemas acontecem e meu plano B é pegar o notebook e correr para um local que tenha wi-fi.

O grande problema da Vex é você precisar se deslocar para um local que tenha hotspot e torcer para pegar um bom hotspot com boa qualidade sinal. Por sorte, sempre que precisei o serviço superou expectativas e funcionou como se eu estivesse em meu home office. Mas tem o problema de precisar ir a um local público, onde sempre tem um pescoçudo olhando para tela de seu notebook.

Estou  a tempos namorando o Claro 3G. Ainda acho o preço relativamente salgado e li alguns relatos de instabilidade. Mas parece que o serviço está de fato ganhando boa aceitação e tendo sua qualidade melhorada. Fico em dúvida se o serviço realmente funciona bem no GNU/Linux, já li alguns relatos na rede mas só vou comprar quando cair de preço e alguma loja permitir que eu faça um teste no notebook antes de adquirir. A grande vantagem é poder se conectar de qualquer lugar que tenha sinal de celular e disponibilidade do serviço. Também é necessário torcer para a ERB (Estação de Rádio Base) estar com poucos usuários. Ouvi dizer que vão reduzir os preços (oba!).

Cada dia que passa a mobilidade está virando rotina. Não é difícil ver pessoas utilizando seus notebooks em locais públicos, como se fosse um escritório ambulante. Hoje em dia é possível comprar notebooks com GNU/Linux por menos de 2mil Reais. Eu mesmo comprei um modelo simples, mas funcional para poder ter essa liberdade. Pelo menos se roubarem ou perder, o prejuizo não é tão grande. Além disso, estamos em uma fase onde o acesso a internet está ficando cada vez mais facil e possível de qualquer lugar. O jeito é esperar mais um pouco e ver os avanços da 3G no Brasil.

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